Tudo começou quando os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia foram encarregados de conseguir peixe para o banquete que a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá iria oferecer a Dom Pedro de Almeida e Portugal, o Conde de Assumar, que na época também era o Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, e estava visitando a região, no período de 17 a 30 de outubro de 1717.

Foi após várias tentativas que os três pescadores tiraram das águas escuras do Rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo. Em seguida, rio abaixo, a cabeça.

João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, depois de colocar a imagem dentro do barco, puderam vivenciar a ação da Mãe de Deus. Os pescadores, que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram as suas redes com uma quantidade abundante de peixes.

Antes de levarem os peixes para o banquete, entregaram os pedaços da estátua a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de João, que reuniu as duas partes com cera e a colocou num pequeno altar na casa da família, agradecendo a Nossa Senhora o milagre dos peixes.

Nascia ali uma devoção, reunindo todos os sábados os moradores da região para rezarem o terço e cantarem a ladainha.

Um oratório para receber os devotos da ‘Aparecida’ das águas  

Entre 1717 e 1732, a imagem peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguaçu. Em 1732, Felipe Pedroso entregou a imagem a seu filho Atanásio Pedroso, que construiu o primeiro oratório aberto ao público.

 A primeira igreja foi aprovada em 1743 

Em virtude da expansão da devoção à Nossa Senhora ‘Aparecida’ das águas, o vigário de Guaratinguetá, padre José Alves Vilela, e alguns devotos construíram, no ano de 1740, uma pequena capela. Nela acontecia a reza do terço e o cântico das ladainhas, mas não se celebrava a Eucaristia.

Em 1743, o Pe. Vilela fez um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a construção da primeira igreja em louvor à imagem que ficou conhecida como Mãe Aparecida.

A aprovação aconteceu em 5 de maio em 1743.

A igreja foi construída no Morro dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744.

 A inauguração da igreja …

que deu também origem ao Santuário, aconteceu na festa de Santa Ana, no dia 26 de julho de 1745. Nesta ocasião foi inaugurado também o povoado com o nome de ‘Capela de Aparecida’. No dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova igreja e colocada no nicho do altar. No dia 26, aconteceu a benção da imagem e a celebração da primeira missa. Esse foi o primeiro Santuário que acolheu multidões. Foi construído em taipa de pilão e, por isso, não resistiu ao tempo. Em 1844, apresentou risco de desmoronamento e o setor administrativo da capela resolveu pela construção de um novo templo.

A igreja inaugurada pelo Pe. Vilela, anterior à Basílica Velha, já possuía a Sala dos Milagres em 1745. Nesse período, os objetos de promessas eram poucos e bem simples. A Sala das Promessas de Aparecida teve diversos nomes e locais: ‘Casa dos Milagres’, ‘Quarto dos Milagres’, Sala dos Milagres; ocupou ainda muitos lugares em todos estes anos. Em 1974, a Sala das Promessas chegou ao subsolo do novo Santuário. 

Confira a história completa da Santa e como a Família Real Brasileira contribuiu para a devoção acessando o site abaixo:

https://www.a12.com/santuario/historia-de-nossa-senhora-aparecida-1717

Por Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida

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